sábado, 29 de maio de 2010

A Capital da Moda Praia

É hora do Brasil mostrar a sua força. Com o São Paulo Fashion Week se firmando no cenário mundial e o Fashion Rio caminhando para uma identidade própria, a moda brasileira só tem a ganhar.


As duas semanas de moda estavam em disputa ao adotar a mesma estratégia, e a semana carioca evidentemente saía perdedora, principalmente na temporada Outono/Inverno. A Luminosidade, que coordena as duas semanas de moda, conseguiu ver isso assim que assumiu o comando do Fashion Rio e tratou de mudar a situação. Afinal, onde já se viu uma marca ter dois produtos com público-alvo e características idênticas? Sob o viés do marketing, isso é extremamente prejudicial.

O São Paulo Fashion Week passa a ser, então, A semana de moda do Brasil. Enquanto isso, a previsão é que o Rio de Janeiro se torne a capital mundial da moda praia em 2011, quando as marcas de moda praia que desfilam em São Paulo passarão para o Rio de Janeiro. A cidade nunca foi um polo criativo de moda, apesar de todo o talento dos estilistas. Com o beachwear, entretanto, esse cenário é diferente, o que pode ser demonstrado através de marcas como Lenny e Salinas.

Além disso, o Fashion Rio será também o cenário ideal para as Cruise Collections, que vêm crescendo no mundo e também têm tudo a ver com o Rio de Janeiro. O Fashion Rio caminha, assim, para uma moda que sabe fazer muito bem: descontraída, leve, comercial, mas nem por isso menos talentosa.

domingo, 23 de maio de 2010

Artigo: Blogs, jornalismo e informação


Segundo essa notícia, mais da metade dos blogueiros se consideram jornalistas. Esse número, para mim, é extremamente preocupante. O jornalismo é uma profissão que EXIGE certos conhecimentos sem os quais não há como exercer o trabalho - e assim é com todas as outras profissões. Não basta ser especialista - academicamente ou não - em algum assunto e escrever sobre ele para você ser considerado um jornalista.

Esse conhecimento acerca da profissão - que deve ser, na minha opinião, teórico E prático - não precisa ser adquirido necessariamente através de uma universidade. Afinal, há outros diversos meios de obter conhecimento. Entretanto, esse conhecimento é indispensável.

Sei que esse assunto já está saturado, mas agora que eu estou mais próxima do meio jornalístico, posso opinar melhor. Não, eu ainda (porque pretendo ser sim, algum dia) não sou uma jornalista, estudo Publicidade e Propaganda e estou dando uma opinião como blogueira e como estudante de comunicação social - não de jornalismo.

Mas, voltando aos blogs, duas das questões que me incomoda nesse assunto são a imparcialidade e a veracidade das informações. O blogueiro pode até tentar ser imparcial em seus posts, mas não é por isso que ele é um jornalista. É claro que isso não impede que ele tenha o direito de dar a sua opinião sobre qualquer assunto que ele queira, tanto é que os blogs estão sendo cada vez mais utilizados como ferramentas de informação, conforme eu estou observando na pesquisa respondida por vocês mesmos. Além disso, o conteúdo publicado nos blogs nem sempre é confiável, pois o blogueiro não tem obrigação de checar as fontes. Isso não significa que os veículos devem ser cegamente tidos como imparciais e verídicos. Ambas as fontes, tanto a jornalística quanto a amadora, DEVEM ser lidas com pensamento crítico.

No campo da moda, isso muda um pouco, já que a maior parte do conteúdo veiculado sobre moda é superficial (qual é a tendência? o que fulana está usando? qual é o esmalte do momento?). Tanto a maioria dos blogs quanto a maioria dos veículos jornalísticos limitam-se a permanecer nessa esfera das aparências. Dessa forma, não há muita diferenciação entre o que um blog informa e o que um veículo informa. Afinal, não é culpa dos blogs se eles conseguem transmitir a mesma informação que um veículo de moda, muitas vezes de forma mais original que os ditos jornalistas.

Esse impasse pode ser resolvido de 2 formas:

1) Os blogueiros devem diversificar o conteúdo e procurar pontos-de-vista diferentes, transmitindo opinião em vez de informação;

2) Os jornalistas devem penetrar o campo da moda, explicando a seus leitores a raiz dos fatos, dos desfiles, das tendências, da própria moda e se diferenciando, assim, dos blogueiros.

Eu tenho bem claro na minha mente qual é a melhor opção. E vocês, o que acham? Vêem alguma outra alternativa?

(Depois eu publico qual é a minha opinião).

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Artigo: A descentralização da informação de moda


Desde que foi criada a primeira revista feminina (thanks, Aline), em 1693, ela sempre foi o principal meio de informação de moda no mundo. A revista é o meio impresso de melhor qualidade estética, principalmente se comparada ao jornal. E como a estética é essencial para a moda, a revista é um meio ideal. Ela permite tranqüilamente que textos e imagens transmitam informações. Essas últimas são parte fundamental de qualquer revista de moda ganhando, às vezes, uma maior relevância que o texto. Essa imposição da imagem sobre o texto acontece praticamente apenas com o campo da moda, uma vez que moda é um tipo de imagem.

Com o surgimento da televisão, em 1939, a moda via novas formas de comunicar sobre si mesma, dessa vez podendo até ser mostrada em movimento. No entanto, a consolidação desse tema na televisão nunca ocorreu. Acontece que a televisão, ao contrário da revista, encontra pouco espaço para a segmentação. E a informação de moda é um dos vários campos que são preteridos pelos telespectadores em geral. Atualmente, a tv por assinatura mostra sinais de um verdadeiro acervo de revistas eletrônicas, onde estão dispostos canais sobre os mais variados assuntos. Talvez a moda ainda se consolide nesse meio, através de canais como o Fashion TV. Mas teremos que esperar pra ver.

Enquanto isso, o surgimento de um meio também recente vem inovando e transformando consideravelmente a informação de moda. Sim, estou falando da internet. Meio extremamente efêmero, a internet, especialmente a web 2.0, assume o papel de ser o maior acervo de revistas virtuais da história. Além disso, ela permite um nível nunca antes visto de interatividade. A recepção da informação passa a ser, quase sempre, 100% ativa. Esse meio também é capaz de oferecer ainda mais segmentação do que as revistas impressas. Em suma, a internet reúne as principais vantagens de todos os outros meios, pelo menos para o campo da moda.

Mas será que isso significa que as revistas não serão mais importantes? Eu duvido muito. Acho que a tendência é uma cada vez maior hibridação dos meios em todos os campos, inclusive na moda. A própria internet apresenta ferramentas propícias à hibridação dos meios, como o Youtube, por exemplo. Além disso, duvido muito que um meio como a revista, que possui tantos anos de tradição, vá acabar. Ele ainda possui extrema importância como meio oficial e de relativa credibilidade. Paralelamente, os vídeos, seja na tv por assinatura ou na própria internet, estão mantendo o interesse do espectador e complementando informações dos meios impresso e virtual.

Entretanto, é preciso ressaltar que a internet, por toda sua efemeridade, é um meio imprevisível e muitas vezes incontrolável. A informação acaba, portanto, adquirindo essas mesmas características. A descentralização da informação só traz vantagens, desde que venha sempre acompanhada do bom senso e do senso crítico.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

A glamourização das modelos


Quem nunca sonhou em ser modelo quando era criança? Mesmo sem conhecer quase nenhuma representante dessa profissão, mesmo sem saber direito o que elas faziam, eu já brinquei de desfilar, de posar pra fotos, de vestir sapatos da mamãe. As primaveras passaram, os sonhos mudaram e eu entendi o que é uma modelo e o que ela faz.

A idéia de usar manequins vivos para expor roupas se materializou com o estilista Charles Worth. Além de ser o pai da alta-costura, ele também foi o primeiro estilista a realizar um desfile de moda. Assim, suas clientes foram capazes de visualizar as roupas em pessoas de verdade e, mais do que isso, puderam observar as roupas em movimento.

Com o passar do tempo, a imagem da modelo foi se afirmando como uma das principais ferramentas de publicidade na moda. E como na moda tudo é sedução, a beleza - com todas as suas subjetividades - foi se tornando um requisito obrigatório para a profissão. Além de subjetivo, esse requisito mudou ao longo das décadas, de acordo com a onda estética de cada época. Nos anos 60, as modelos ganharam uma maior fama através da inglesa Twiggy, que transformou, com seu biotipo magro e alongado, o padrão de modelos até aquela década.

Desde então, e com uma certa aceleração nos anos 90, ser modelo significa não apenas ser magra (conforme o gosto estético da atualidade manda) e bonita, mas significa também atingir o status de celebridade. Embora os nomes da maioria das top models não sejam reconhecidos por pessoas leigas à moda, é na coletividade que elas se afirmam, não apenas como modelos nas passarelas mas também como modelos a serem seguidas na vida real, desde seus aspectos físicos até as roupas geralmente utilizadas por elas, básicas e de formas justas.

No mundo da moda, elas ganharam respeito e admiração, sendo, algumas vezes, mais aguardadas do que os próprios desfiles e coleções. Além disso, muitas arriscam projetos em outras profissões ligadas à moda, como a criação e a fotografia. Não entrarei na questão da magreza excessiva. Primeiro porque esse assunto rende um post separado (provavelmente enorme e polêmico) e segundo porque acredito que nossas modelos possuem outras características que merecem ser comentadas.

Não há dúvida de que a profissão cresceu com o passar dos anos, e as modelos, coletiva ou individualmente, são fatores cada vez mais influentes na indústria da moda. O questionamento que eu proponho pra vocês é até onde chegará essa influência. Qual é o futuro das modelos na indústria da moda?

terça-feira, 4 de maio de 2010

Looks coletivos no MET 2010

Pra mim o tapete vermelho do MET é muito mais importante que o Oscar. Na festa da Academia, os vestidos são muito classy e playing safe, alguns são até borings. Já no baile do MET nós nos divertimos vendo estilistas, modelos, celebs e piriguetis se esforçando pra estarem dignos de pertender à classe fashionista (hahaha). O resultado é que muitos looks surpreendem positivamente e muitos outros nos fazem rir.

Mas o que eu mais gostei de observar esse ano foi a integração entre estilistas, marcas e modelos/celebs. Reparem como os estilistas estão com looks combinando com os das modelos e reparem também que o que eles vestem geralmente possui a identidade da marca, sendo que cada grupo está transmitindo um estilo:


P&B/volumes: Vera Wang e Mila Kunis
Minimalismo: Zoe Saldana, Francisco Costa e Diane Kruger (sempre diva)
Alfaiataria: Phillip Lim e Alexa Chung (watch and learn, Rihanna)


Elegância simples: Stella McCartney (amei), Liv Tyler e Kate Hudson
Chanel style: Elisa Sednaoui e Karl Lagerfeld (de uniforme)
Urbano: M.I.A. (rica!), Alexander Wang e Zoë Kravitz.


De agora em diantes só posto fotos de red carpet de duplas ou trios!

sábado, 1 de maio de 2010

Fashion Music - Franz Ferdinand

Oi, gente. O post hoje vai ser curtinho e intimista. Nas últimas semanas eu tenho estado meio ocupada e na próxima também. Na verdade é tudo culpa do Caderno 2, mas logo voltarei ao ritmo normal. Enquanto isso, deixo pra vocês um vídeo da minha banda preferida. Reparem na fotografia e no figurino maravilhoso das modelos. Tem um momento meio Alexander McQueen no vídeo hahaha. Boa semana pra todos.

Franz Ferdinand - No You Girls