segunda-feira, 15 de março de 2010

Marc Jacobs x Balmain

(Juro que é a última vez que eu posto sobre isso, vocês já devem estar cansados. Eu já discuti o assunto aqui, aqui, aqui e aqui).

Se, por um lado, a moda enquanto vestuário não mostrou inovações nesta temporada, por outro ela nos trouxe uma questão interessante enquanto forma de expressão individual. Que tipo de mulher queremos ser? A glamourosa (me desculpem por essa palavra), sexy, feminina ao extremo? Ou a mulher prática, ocupada com suas várias atividades e tarefas, que utiliza a moda menos como uma expressão de feminilidade e mais como expressão de seriedade?

Marc Jacobs, assim como Chloé, Prada, Stella McCartney, Jil Sander e Yves Saint Laurent são do grupo dessa nova proposta, que revive ideais feministas. Uma proposta que vem sido amplamente discutida e muito bem aceita pelos veículos fashionistas. Na teoria (e nas passarelas), ela funciona e tem impacto, mas será que na vida real estamos dispostos a abandonar a fantasia e a sedução da moda em prol de nossas vidas atarefadas?

O movimento contrário já está aí há algum tempo, cujo expoente máximo e extremista é a Balmain: uma mulher sexual, que mostra seu poder através de suas roupas, que quer seduzir e sonhar através de sua imagem. Nessa temporada, ainda tivemos seguidores, tradicionais ou não, dessa idéia, como Oscar de la Renta, Nina Ricci, Giorgio Armani e Vera Wang. Será que ainda estamos com vontade de uma idéia já saturada e que começa a soar até machista diante de novos pensamentos?

Chloé, Stella McCartney, Hermés, Oscar de la Renta, Vera Wang

Claro, existem aqueles que não seguiram nem um nem outro movimento e fizeram sua moda segundo seus próprios conceitos. Mas, para mim, a solução para esse embate está naqueles que propuseram o meio-termo (como Lanvin, Hermés e Christian Dior): uma mulher que seja prática, mas também um pouco vaidosa; que seja séria, mas que se permita sonhar um pouco com o que a moda tem a oferecer.

Nunca fui a favor de extremismos. Entre Marc Jacobs e Balmain há outras mil alternativas, criadas pelos estilistas, pela mídia ou por cada um de nós, para expressar a mulher que queremos ser.

13 comentários:

  1. Há que se compor um guarda-roupa não para uma, mas várias mulheres que todas vocês tem dentro de si. Equilíbrio é tudo, certo?

    =D

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  2. Também concordo que a gente tem que achar o nosso próprio ponto de equilíbrio.

    E acredito que existem momentos e idades adequados para os dois casos. Depende da pessoa, de onde, do humor. Não gosto disso que as pessoas dizem que as passarelas tentam 'impor' as tendências.
    O que a gente vê é uma forma de expressão dos estilistas, cabe a nós peneirar e ver o que cabe ao nosso estilo.

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  3. GNTEEEEEEEEEE me explica ess emodelo perfeito da Oscar de la Renta!
    morri!!!!!!!!!

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  4. Não podemos esquecer do nosso Estilo Pessoal,né? Que a moda passa, muda a cada estação , mas o estilo é eterno , é aperfeiçoado ao longo do tempo e deve pincelar na moda aquilo que realmente tem a ver com a pessoa, com seu estilo de vida...
    Adorei o texto!!
    bjssssssssssssss

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  5. Pois é, Andrea, foi o que eu quis dizer no último parágrafo.

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  6. A mim me passa idéia de vivemos em uma fase mulher anos 40 e mulher anos 80,meio junto e misturado...Acho que a mulher que conseguir conciliar em seu estilo uma dose de Ava Gadner com uma pitada de Madonna...tá "2010 total"(bom,mas em se tratando de Balmain ,eu poderia dizer uma dose de Michael Jackson!rsrsr)

    bjs

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  7. Balmain é a etiqueta da moda.....vamos ver se mais pra frente eles continuarão firmes e fortes como as demais grifes. Eu gosto, espero que resistam.....
    bjuuuuuuuuuuuuuuu!

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  8. Essa é uma discussão boa mesmo sendo pessoal em certos pontos. Eu gosto muito do styling dessas marcas desejo mas pra mim, eu prefiro a mulher que consegue misturar esses dois pontos e trazer um pouco de Lanvin e Balenciaga pra vida. Sabe se apropriar dos conceitos dessa marca sem perder a identidade dela mesma no meio de tanta informação!

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  9. Não dá para misturar as duas propostas???

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  10. Oi, Thaís!
    acho que tudo é uma questão de bom senso e estilo, depende de cada pessoa e é sempre interessante adaptar-se ao estilo.
    E obrigada pelo elogio.
    E acho bem legal os teus post debatendo esse tipo de assunto, pq muitas vezes o pessoal só gosta de largar as imagens e dizer se achou bonito ou feio, ehehe

    Bjão e ótima semana!

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  11. Engraçado... semana passada estava folheando a Elle e minha amiga, ao ver, comentou o quão "ridículo" são matérias de moda que dizem use isso, aposente aquilo, a tendência é x. Eu disse que isso são meras sugestões, que a gente escolhe o que se adapta ao nosso estilo. É chato ler "use, compre, guarde"? É. Mas pelo menos leva à diversidade e inovação no guarda-roupa mundial, porque sabemos que são escolhas.
    Enfim, é isso que as semanas de moda são capazes de fazer: mostrar tudo que os melhores criadores tem para oferecer (mesmo que nao seja o melhor deles) e deixar pra nós a tarefa de escolher. E no meio de uma enchente de tendências como militarismo, utilitarismo, feminilidade, e até loucuras de Lady Gaga, o essencial é cada encontrar si mesmo...
    Aliás, sou super à favor da feminilidade (lindo o Oscar de la Renta do post!) mas achei Hermès a mais legal. Muito divertido ver o corte perfeito e refinado do estilo dandy de um jeito feminino, que conseguiu passar a imagem de fortes e poderosas, mas sem rendas e babados!
    Beijão

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  12. mas aí, cada um adota o que quer ser e usar de acordo com sua personalidade, certo?

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  13. Acho que no final queremos ser várias em uma! Ótima discussão.

    Beijos

    www.fashionistaeconsumista.blogspot.com

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