sexta-feira, 12 de março de 2010

E os direitos do animais?

Eu não sou eco-chata. Aliás, (infelizmente) passo longe disso. Mas acho que nessa época todos devem parar para refletir um pouco sobre algumas tendências atuais da moda. Não só em Paris como em Milão, Nova York e até em São Paulo, tivemos uma overdose de peles e penas. Depois de alguns comentários no meu último post, sobre o desfile da Chanel, não pude deixar de me perguntar: será que todas essas peles são falsas?

imagem: Jak & Jil

Segundo o site da Lilian Pacce, as peles que a Chanel desfilou são. Mas e quanto às outras marcas? Lanvin, Givenchy, Valentino, Viktor & Rolf, Jean Paul Gaultier, Reinaldo Lourenço, Fause Haten, Colcci, Versace. Todas essas e muitas outras marcas apresentaram peles. Embore algumas pessoas critiquem, eu não vejo nada de errado em gostar de peles falsas (elas são versões politicamente corretas, apesar de serem semelhantes às "originais"). E pode até parecer hipócrita eu estar aqui defendendo essa causa quando venerei o desfile da Lanvin, por exemplo. Mas sou otimista e a favor do lema "inocente até que se prove o contrário".

Mesmo assim, faço aqui uma pré-crítica, mesmo que cegamente, a todas as marcas que utilizaram as verdadeiras nessa temporada. Não é porque veio de um animal de verdade que a roupa tem mais valor do que uma sintética. Aliás, eu penso exatamente o contrário. E acho que muitas pessoas também.

Além disso, devo fazer um apelo a todas as consumidoras que, assim como eu, devem estar loucas de vontade de vestir seu casaco de pele nesse inverno: não comprem peças feitas com peles e penas verdadeiras. Uma roupa, apesar de ser uma forma poderosa de expressão estética, é apenas uma roupa. Não é preciso matar para se vestir.

10 comentários:

  1. Otima observação Thais. Sabemos que muitas dessas marcas "usam" o ecologico como forma de enganar consumidores, colocando em suas etiquetas mentiras.

    Bjocas

    ResponderExcluir
  2. Não é preciso matar pra se vestir!Adorei.Melhor slogan pra uma campanha de conscientização que eu já vi!


    Bjs,Thaís,ótimo post!òtimo texto,passou o recado bonito!

    ResponderExcluir
  3. Tha, post muitíssimo inteligente, fiquei muito feliz ao ler! Não é pq alguém adora moda que deve ignorar o que há por trás da confecção de roupas e acessórios ;* ponto positivo!

    ResponderExcluir
  4. eii! passei pra conhecer o blog e adorei!! realmente fica a dúvida se todas as peles são falsas né... tadinho dos bichinhos... beijuu

    ResponderExcluir
  5. Amei! Apoio total!!!

    beijão

    ResponderExcluir
  6. Não entendo o hype de pele verdadeira. Já virou coisa cafona, né? Ainda bem.

    ResponderExcluir
  7. bem, peles no frio, esquentam mais. mas, na nossa cultura, isso é um absurdo para uns 80% e nosso clima não chega a ser tão frio assim. acho que é algo cultural mesmo. =*

    ResponderExcluir
  8. Olá!
    Obrigada pela sua visita e pelo seu comentário. Eu ainda não conhecia o seu blog, adorei. Especialmente esse post. Há um documentário chamado Earthlings (Terráqueos) que fala sobre como a indústria trata os animais, não só a indústria alimentícia, como a da moda/cosmética e a do entretenimento, e, nossa, é a realidade é muito dura. Os vídeos estão disponíveis no youtube. Recomendo para quem tem estômago forte e disposição para mudar certos hábitos de consumo, porque, sinceramente, é impossível ver esse documentário sem refletir (e se chocar) muito. Para vc ter uma idéia, aparece uma cena na que uma raposa está viva, mas completamente sem pele, em carne viva e os olhos tristes de dor. Isso porque não se preocuparam nada com a dor dela, nem se dignaram a matá-la antes, simplesmente arrancaram a pele e pronto. Um horror, uma verdadeira atrocidade!
    Beijos!

    ResponderExcluir
  9. "Não é preciso matar para se vestir." Acertou no ponto, Thaís. Adorei o texto.
    Também não sou a mais politicamente correta do mundo, mas acho triste que nas últimas temporadas a quantidade de peles, em bolsas, roupas e sapatos, esteja sendo usada cada vez mais. Deixa com custo mais caro, deixa mais bonito e refinado sim, mas perdemos incontáveis animais com isso (porque não acredito, sinceramente, que uma marca de bolsas vai ter um cativeiro para cuidar e reproduzir novas cobras, né?).
    Mas há exemplos como Stella McCartney para provar que a moda pode ser sustentável e ser popular e um sucesso de vendas ao mesmo tempo. Basta só alguém desejar seguir o mesmo caminho.
    Beijos!

    ResponderExcluir
  10. Eu adorei o post! Mesmo, mesmo mesmo!
    Eu sou vegetariana, eu amo moda e nem couro eu uso. E afirmo aqui com todas as letras que: dá pra se vestir bem sem usar couro ou peles sim!
    A impressão que dá é que quando se ouve, a palavras SINTÉTICO, parece que a coisa tem má qualidade, mas FAZ TEMPO que deixou de ser assim.

    Enfim, acho totalmente inexplicavel e inaceitável, animais terem que morrer para eu me vestir, sendo que tem tantas opções. E ainda que não tivesse né? Mas enfim...

    ResponderExcluir